O mundo da Lua
domingo, 28 de julho de 2013
Relacionar-se
E sempre o que resta de uma relação
É o não, é a impossibilidade traçada pelo fim
Mas também o legado, este que é um sim
E o mais importante dos legados é a lição
A possibilidade imaculada do aprendizado em ação
Muito para além do histórico das sensações e das vivências
O que nos fica é a experiência
A maestria de termos nos aberto para experimentar a vida sob a dinâmica de um outro
E com isso termos ganhado nuances antes jamais conhecidas de nós mesmos
De termos nos permitido, nos violentado, nos expandido e nos retraído
Redesenhando nossos limites e nossas próprias identidades
É ter ganho densidade emocional, profundidade espiritual e controle comportamental
É ter acumulado novos fatos, novas questões, novas ideias e novas percepções
Relacionar-se é muito mais que estar junto ou separado, é algo fundamental na nossa construção humana
terça-feira, 18 de setembro de 2012
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Estou no meio do caminho para ser feliz
No meio ali entre me libertar e conseguir me desvencilhar do gosto ilusório do apego
Porque ainda não consigo entender a relação humana na prática
Como que no mundo atual intimidade é sintoma da impossibilidade mesma da relação
Como que para nos relacionar temos que ser superficiais
Como que o discurso do desapego virou licença poética para o descompromisso
E a liberdade desculpa para a irresponsabilidade
Ninguém mais se responsabiliza por nada, se envolve, se deixa tocar
Eu sei, de fato não há nada lá fora que não seja imediato reflexo daqui de dentro
Mas é que às vezes dói tanto que dá vontade de não continuar
De desistir de trilhar o caminho do eu sozinha, mas não dá né?!
Seja qual for o motivo, a duração e o tipo de relacionamento, ele faz parte da vida
Ser humano é em relação, daí como lidar com a negação
Sigo refletindo em ação
No meio ali entre me libertar e conseguir me desvencilhar do gosto ilusório do apego
Porque ainda não consigo entender a relação humana na prática
Como que no mundo atual intimidade é sintoma da impossibilidade mesma da relação
Como que para nos relacionar temos que ser superficiais
Como que o discurso do desapego virou licença poética para o descompromisso
E a liberdade desculpa para a irresponsabilidade
Ninguém mais se responsabiliza por nada, se envolve, se deixa tocar
Eu sei, de fato não há nada lá fora que não seja imediato reflexo daqui de dentro
Mas é que às vezes dói tanto que dá vontade de não continuar
De desistir de trilhar o caminho do eu sozinha, mas não dá né?!
Seja qual for o motivo, a duração e o tipo de relacionamento, ele faz parte da vida
Ser humano é em relação, daí como lidar com a negação
Sigo refletindo em ação
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
COMO?
Como descrever em palavras o que eu sinto sem sequer saber explicar para mim mesma? Como dar sentido a um amor tão etéreo, tão imaterial, tão restrito a mim e minhas próprias projeções, tão sutil, tão intenso que se expande no tempo-espaço do Universo quando te vejo, te escuto, te sinto e te desejo ainda que só em meus sonhos?
Como lidar com a força pujante deste eternizante amor? Como fazer uso de sua força transformadora, sem experimentar a dor?
A dor de não te ter, de não te ver, de não te conhecer, de não poder estar com você a cada instante?
De querer uma vida inteira com você e não vivê-la?
Como te esquecer? Como viver e deixar morrer, se é a atemporal saudade o melhor retrato do meu amor por você?
Como lidar com a força pujante deste eternizante amor? Como fazer uso de sua força transformadora, sem experimentar a dor?
A dor de não te ter, de não te ver, de não te conhecer, de não poder estar com você a cada instante?
De querer uma vida inteira com você e não vivê-la?
Como te esquecer? Como viver e deixar morrer, se é a atemporal saudade o melhor retrato do meu amor por você?
sábado, 29 de janeiro de 2011
Viva!
De repente você me pareceu uma memória tão distante
Ao te olhar
De repente tudo ficou tão inconstante
Ao me relembrar
É mesmo estranha esta sensação de não-lugar
De não pertencimento ao teu lado ou ao de quem quer que esteja a, na minha vida, passar
Mas não chega a ser a estranheza da dor, nem tão pouco do desamor
E sim uma do tipo que chega para ficar, uma do tipo que te carrega junto com as ondas do mar
Castelos de areia pueris que se desmontam de tempos em tempos sem contudo destruir seu construtor pelo apego passageiro a sua obra perecível
Neste caso tão só a viagem é o combustível
Uma viagem em mim, por mim, para mim
Que assim como quem nada quer me conduz para mundos onde a visitação
mais do que fechada é impossível
Sou eu, e agora não mais um espelho das miragens e das paisagens que de tempos em tempos vem comigo cruzar
Sou eu pura, nua, crua e carnal
Real, num grande bacanal
Mas legal, para que eu possa desvendar os mais sordidos e ardidos segredos
Que somente uma alma em si e per si pode revelar
Na verdade não é você, nem ela, nem ele, nem eles, nem ninguém, nem nada
É tudo uma grande vivência exacerbada do eu
Do fantasticamente possível e irresistível eu que se apresenta irrefutável
Tomando de assalto todo meu espaço-vida
E sendo assim já não há mesmo saída
À mim, viva!
Ao te olhar
De repente tudo ficou tão inconstante
Ao me relembrar
É mesmo estranha esta sensação de não-lugar
De não pertencimento ao teu lado ou ao de quem quer que esteja a, na minha vida, passar
Mas não chega a ser a estranheza da dor, nem tão pouco do desamor
E sim uma do tipo que chega para ficar, uma do tipo que te carrega junto com as ondas do mar
Castelos de areia pueris que se desmontam de tempos em tempos sem contudo destruir seu construtor pelo apego passageiro a sua obra perecível
Neste caso tão só a viagem é o combustível
Uma viagem em mim, por mim, para mim
Que assim como quem nada quer me conduz para mundos onde a visitação
mais do que fechada é impossível
Sou eu, e agora não mais um espelho das miragens e das paisagens que de tempos em tempos vem comigo cruzar
Sou eu pura, nua, crua e carnal
Real, num grande bacanal
Mas legal, para que eu possa desvendar os mais sordidos e ardidos segredos
Que somente uma alma em si e per si pode revelar
Na verdade não é você, nem ela, nem ele, nem eles, nem ninguém, nem nada
É tudo uma grande vivência exacerbada do eu
Do fantasticamente possível e irresistível eu que se apresenta irrefutável
Tomando de assalto todo meu espaço-vida
E sendo assim já não há mesmo saída
À mim, viva!
Aprendendo
Aprendendo tudo e mais um pouco
Neste ritmo louco, da desencantada vida
Que segue deixando rastros de seus desastres
De sua eterna arte de sempre nos surpreender
Em sua capacidade de ser muito mais que a dor, que o amor e odor da gargalhada de boca aberta ou da ferida
Desta experiência aguerrida de enfrentar a morte que nos percorre todo dia
Da continuada morte do passado para a posse do presente
Que escorre entre dentes aflitos de tensão
Entre pernas grudadas de tesão
Que acontece em olhos famintos de paixão
Que é soberano porque real
Aprendendo mais, aprendendo demais
Como se fosse função da vida nos fazer do que somos mais
Neste ritmo louco, da desencantada vida
Que segue deixando rastros de seus desastres
De sua eterna arte de sempre nos surpreender
Em sua capacidade de ser muito mais que a dor, que o amor e odor da gargalhada de boca aberta ou da ferida
Desta experiência aguerrida de enfrentar a morte que nos percorre todo dia
Da continuada morte do passado para a posse do presente
Que escorre entre dentes aflitos de tensão
Entre pernas grudadas de tesão
Que acontece em olhos famintos de paixão
Que é soberano porque real
Aprendendo mais, aprendendo demais
Como se fosse função da vida nos fazer do que somos mais
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