quinta-feira, 11 de novembro de 2010


Quem é destes de olhar a moça de vestido florido passar.
Não sabe que nela gritam enormes grunjidos de um amor não vivido
Que ela vive a guardar
Quem este amor desposará?
Não se sabe, a vida tem destes mistérios
Ela não é moça de adultérios, mas também não é moça de estar
Ela vem, adentra, fica e quando menos se espera parte sem alertar
Ela não é moça triste, e de sua alegria genuína podes até te enamorar
Mas o mesmo sorriso que seduz e e emana luz com o cair da noite às vezes pode se apagar
Ela gosta de namorar, mas também se deixa levar pela magia da eterna busca
De novos amores, novos odores, novos sabores, dores e flores
E sem sua anuência ela pode os experimentar
Ela é livre em essência, mas quando contigo é verdadeiramente tua
Ela é nua, e nos nuances de suas curvas tu podes a encontrar, se for moço atento de olhar com olhos de procura
Ela dança, ela canta, ela dá carinho, ouvidos e cura, mas vez ou outra se ulcera na loucura de querer a injustiça apartar, e aí moço vê se não a mistura nestes momentos de agravar
Ela te quer moço, ele te busca, ela clama por seus braços, abraços e doçura
Ela admira tua mente misteriosa e refratária do sofismo, suas palavras, seu olhar, seu quase revelar, sua quase meia-lua
Mas moço, ela que cheia de coragem vira Cheia Lua nas horas de prosear
Se encolhe e por vezes murcha nas horas de se enamorar
Que te acompanhe a destreza e a sabedoria quando for presente da vida
A arte de a encontrar

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