terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Minha alma é livre
Busca a verdade na arte de viver
Cada dia intensamente
É composta de desejos, supera medos
E desvenda todos os segredos
De extensos e diversos Universos
Em mim
Por dentro me remexo, reinvento
E renasço segundo após segundo
Para ser mais feliz

domingo, 30 de novembro de 2008

Que queres de mim?
Isto importa? Vezes não, vezes sim
Que quero para mim?
É o que verdadeiramente importa? Digo que isto é que sim.
Se posso lidar com meu querer de forma linear e bem resolvida
Isto já não sei, ou não saberia responder
Mas quero querer de uma forma que possa preencher minha vontade de ter
Você, ele, eu, vocês e nós
Todos nus de desfarces e representantes de uma só voz
Que expressa toda sua vontade de ser escutada e atendida
Em seus infinitos reclames
Contudo não quero queimar num mar de enlameada larva vulcânica
de paixões mal elaboradas em chamas de desejos constantes

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Busca de Mim

Seria mesmo fácil, se não fosse imperativo conhecermos a nós mesmos
Se não fosse tarefa das mais precisas desvendar nossos próprios mistérios
Para ao nos conhecermos, melhorarmos nossas perspectivas e ampliarmos
nossos horizontes
Ainda que com dor, porque é sempre preciso superar os desafios para desfrutar
do crescimento vindouro
Seria como ouro se atravessar o deserto do auto-conhecimento
fosse um passeio nos bosques floridos da sapiência pré-adquirida
Nenhum conhecimento vem sem construção ativa
Sem entrega das nossas almas nesta empreitada de desbravamento da vida
Eis que nos ergamos para a secura das feridas, a gélida e insólita caminhada
que é encarar-se no espelho
Não há como deixar nada de lado ou fora
Tudo faz parte desta reportagem de um só produtor, diretor, ator, cenografista
Que monta seu próprio espetáculo monológico de estruturação
Do Self, do Eu revisitado e conquistado em cada um dos passos desta jornada
Sem precedentes
É verdade, tornamo-nos muito mais prudentes com esta viagem
Que não tem data certa para findar porque é eterna

domingo, 16 de novembro de 2008

Divagando (1)

Envolvida em ardentes tramas de paixão
Traçadas a forte nanquim sombreado
Suspiro profundamente o desejo do amor saboreado
A cada momento, nutrido de pensamento e reflexão
Queria ter você aqui, de verdade, mas mais do que isso
Queria controlar meus sentidos e a afetação que eles sofrem ao te ver
Queria me conter, às vezes, por outras gostaria apenas de lançar-me ao seu encontro
Livre de entraves, de contratempos e algarves
Não queria me envolver, mas vejo que desde o início já estava visto
Que isso não seria possível, nem mesmo imaginável
Tudo já se anunciava desde o início
Mas por que tivera de ser assim?
A diferença agora é justo essa, hoje tenho dentro de mim
A força de querer desvendar o sentido do nanquim
Deste enredo que se inscreve, escreve e transcreve em mim, em ti
Em outros que absortos assistem e participam de todo este tecido de sentidos
A serem por fim autorados, demasiado explorados e arrancados pela raíz
Para fluir em nossas vidas expressas, descobertas, expostas, enredadas
Neste mar sem fim, de ondas celestes, de instrumentos de intérprete
De sentimentos, segredos, revelações e medos que nós deixamos ir
E libertamos sem maldade, mas com coragem e assunção da realidade
Que se impõe sem piedade, mas nos ensina a encarar nossas pendências, nossas histórias ainda por serem finalizadas, construídas, interadas, assumidas e sobretudo vividas
Sem dor ou sofrimento mas com o olhar atento de quem agora sabe muito mais de si
E assim pode se relacionar com o mundo fora afora sem se reprimir ou punir, sem negar ou fugir,
sem machucar ou magoar, mas com a vontade de amar a essência real de todos os fenômenos
A vida que emerge eterna em cada momento raro que encontramos a verdade em nós
E podemos num ato de integração total compartilhá-la e sermos mais

domingo, 5 de outubro de 2008

O luar negro e belo que ilumina com força e nitidez os meus caminhos
Igualmente irradia o mistério da noite que ainda chega
Anuncia os arrepios de sussurros e suspiros de amor,
terror ou ardor

Febril de paixão ou irruptivo de explosão
Sou vulcão em plena atividade até que
as larvas ainda quentes de minha vida

Vão encantar e aquecer com a beleza do fogo
outras formas de vida

Sou quem brilha com o cicatrizar de cada ferida
Sou quem regojiza-se com o despontar de cada nova vitória
Sou quem visualiza a oportunidade de estar manifesta
De quem faz de seu corpo a própria festa sagrada,
contemporizada, alastrada
por todos os poros
Eu canto, eu rio, gargalho e por vezes até que choro
Mas sobretudo comemoro cada instante
otimizado nesta luta de forças contrastantes

que compõem o drama de ser eu mesma
e viver minha própria história

Em última análise o que faço agora e toda hora
é criar a memória de ter sido o que fui neste exato instante
e em todos os outros que este sucederão em analogia

Sigo a poesia, o manifesto, a fantasia,
a responsabilidade de ser livre

De deixar para a posteridade a imagem do sonho
que acalentei e moveu minha vida

Sou enfim este luar negro que adentrou esta passagem despretensiosa
mas cheia de sentidos a serem pesquisados,
desmontados e remontados

Negro como o nanquim que define o tracejar do artista
Compositor de sua própria obra
Persisto e insisto em mim

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Quando as águas turbulentas do mar da maldade tentarem te desestruturar
Voe alto na brisa alegre da manhã de um novo dia
Acalente a esperança no raio de sol
Por entre as nuvens espessas da tempestade
Sopre todo o ar da vida residente em teus pulmões
Grite alto o brado de quem luta sem jamais desisitir
Queime com furor todo resquício de infelicidade
Comemore cada instante a mais de vida pulsante
Em cada choro, sorriso, sentido
Há um sinal de que ainda estamos vivos

terça-feira, 26 de agosto de 2008

FELICIDADE

Se gostamos de ser felizes porque simplesmente não o somos quando queremos?

Se a felicidade é uma escolha porque não conseguimos a escolher por vezes?

E se é só uma questão de querer e escolher então porque sofremos?

Aí está a questão chave, o sofrimento surge quando ansiamos por não perder a felicidade que nos habita em determinado momento e situação ou como decorrência de determinado fato ao qual atribuimos o valor de tê-la “gerado”.

E neste sentido cabe a nós nos questionarmos sobre o que qualificamos como felicidade

Sentir-nos realizados pela conquista de bens materiais, metas, e mesmo “ um ser amado” são todas realizações externas as quais imbuimos muitas das vezes a responsabilidade de ativar nossa capacidade de nos sentirmos bem, alegres, ou felizes como acreditamos.

Mas que tipo de felicidade volátil seria esta?

E se aquela linda casa comprada com cada gota de suor do mais árduo trabalho dividida em prestações que comprometem parte de salário após salário, pegar fogo e em minutos transformar-se em cinzas?

Ou se aquele emprego para o qual nos qualificamos e preparamos durante anos de formação e conquistamos após várias e exigentes etapas de seleção é perdido num piscar de olhos, de um dia para outro, sem aviso prévio, ou mesmo a empresa onde conseguimos o emprego falir e nada restar além de pesadas dívidas e rombos?

Ou se aquele ou aquela que era para nós o amor de nossa vida, vai embora sem deixar rastros, falece, não nos quer mais, enfim nos deixa com aquele buraco no coração que parece impreenchível e insubstituível?

O que fazemos? É verdade, certamente passamos a sofrer pela ausência das condições que nos propiciavam “a tal da felicidade”. Mas será que esta é a melhor felicidade que estamos aptos/aptas a almejar e vivenciar? Ou mesmo será esta a única forma de sentirmos felicidade? Reflitamos sobre alternativas!

E se mudarmos o foco da geração de felicidade das condições externas para as condições internas? O que acontece ou pode vir a acontecer?

Ganhamos uma ampliação de perspectiva, começamos a nos olhar, a investigar nossas víceras descobrimos a complexidade de sentimentos, sensações e sobretudo possibilidades latentes a espera de serem realizadas.

O que seria isto exatamente?

Seria a construção de condições internas inabaláveis que sustentam nosso bem estar não obstante as condições externas venham a se alterar. E porque estas condições internas de geração de felicidade seriam diferentes das condições externas?

Porque somos nós os únicos responsáveis pela moldura das condições internas da nossa vida enquanto as condições externas são construídas e controladas em comunhão com outros.

Logo uma felicidade plena deve ser fruto de uma busca pela conquista de uma condição interna de bem-estar, satisfação pessoal, auto-confiança, estima e valorização do nosso potencial inato de criação. Do foco na nossa capacidade imensurável de criação positiva de condições externas que ao contrário de nos darem ou tirarem a felicidade sejam resultado desta criação que emerge de nós, de dentro para fora, este é o único movimento que garante a absoluta felicidade de nos reconhecermos como senhores de nossas mentes, mestres de nossos sentimentos e sensações e compositores de nossa vida.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Não quero mais este mar de emoções
Nem este turbilhão de sensações
Causando este murmurinho de berros
Soltos, secos, loucos, altos
Destratos, traços desajeitados de mim
Nem estou mais afim
Quero astros, estrelas e compassos de músicas sem fim
A tocar por dentro, me cortoncendo, me estremecendo
De contentamento, de felicidade verdadeira
Daquela que emerge do lodo, da lama
Onde crescem livres as flores de lótus

sábado, 23 de agosto de 2008

Mais de mim, sempre assim

Ser humana é mesmo uma viagem muito louca e maravilhosa! Uma espécie de Alice no País das Maravilhas onde o contato entre real e virtual é somente um detalhe na elaboração de sentido que fazemos para lidar com o mundo exterior.
Nos organizar, sentimentalmente, intelecto-racionalmente, estruturalmente é uma viagem sem fim mas cujos frutos ao longo da caminhada dependem tão e somente da nossa forma de ver o mundo, da nossa perspectiva diante da vida.
O desafio de nos mantermos como o equilibrista entre o abismo do não-sentido e a elaboração demasiada de abstracionismos é mesmo dura e por vezes conflitante, mas por isso mesmo não devemos nos furtar jamais a prosseguir, a insistir e a persistir nos percurssos que vão ao encontro de nossos almejos.
Se paramos muito para pensar, corremos o risco de pouco ou sequer viver os momentos nebulosos preenchidos de pensamentos que jamais se confrontam com a ação.
Se sentimos demasiadamente, não temos tempo para vislumbrar as infinitas possibilidades e alternativas sensoriais e sensitivas que a vida pode nos proporcionar.
É por conta disto que nos focarmos numa visão ampla, como aquela do sobrevôo de um pássaro, que inspire a cada momento nossas ações centradas no imperativo do presente como ponto de partida de nosssas vivências torna-se imprecindível para que nos libertemos para a escolha real de sermos felizes!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Inspire as melhores possibilidades humanas de todos com quem se relaciona ou mesmo cruza, e verá maravilhas acontecerem. Inspire nas pessoas sempre o que gostaria que elas te inspirassem, não tenha medo de ser verdadeiro, ousado ou exagerado neste exercício pois somos seres de potencial ilimitado!
E se ainda tem dúvidas, experimente com seu coração aberto!
Não é mágica, só lei de causa e efeito!
Carpe Diem!
Seja feliz!